Psicologia do Camaleão

“ Devido ao transtorno da pandemia do covid-19, este blog está temporariamente sem atualização. Mas com certeza em breve retomarei. Obrigado a todos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Educa Mais Brasil 2019





Você já ouviu falar do Programa Educa Mais Brasil 2019? Saiba que é uma das iniciativas educacionais mais interessantes que existe há mais de 14 anos. O Educa Mais Brasil 2019 é um programa de parceria desenvolvido com centenas de instituições educacionais em todo o Brasil que oferecem até 70% de desconto em bolsas de estudos nas mais diferentes categorias.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Características da concepção pedagógica tradicional

Características da concepção pedagógica tradicional

O papel da escola é o de promover uma formação puramente moral e intelectual, lapidando o aluno para a convivência social, tendo como pressuposto a conservação da sociedade em seu estado atual (status quo). A escola terá como foco apenas a cultura, sendo os problemas sociais resguardados apenas à própria sociedade.
Os conteúdos de ensino são aqueles que foram ao longo do tempo acumulados e, nesse momento, são passados como verdades absolutas, sem chance de questionamentos ou levantamentos de dúvidas em relação a sua veracidade. Nessa concepção não está presente a consideração sobre os conhecimentos prévios do aluno, apenas o que está no currículo é transmitido, sem interferências ou ‘perdas de tempo’.
A Metodologia de ensino é a exposição verbal por parte do professor e a preparação do aluno. O foco principal é na resolução de exercícios e na memorização de fórmulas e conceitos. Desta forma, o professor inicialmente realiza a preparação do aluno, em seguida formula a apresentação do conteúdo, correlacionando-o com outros assuntos e, por último, faz-se a generalização e aplicação de exercícios.
A relação professor-aluno é marcada pelo autoritarismo do primeiro em relação ao segundo. Somente o professor possui conhecimento para ensinar, o papel do aluno é o de receber o conhecimento transmitido pelo professor. O silêncio em sala de aula é imposto pela autoridade docente.
Os Pressupostos da aprendizagem são fundamentados na receptividade dos conteúdos e na mecanização de sua recepção. A aprendizagem se dá por meio da resolução de exercícios e da repetição de conceitos e recapitulação do saber adquirido sempre que necessário for reavivá-lo na mente. A avaliação também é mecânica e ocorre por meio de resolução de tarefas enviadas para casa, provas arguitivas e escritas.
Assista ao videoclipe do Banda Pink Floyd, que fez duras críticas a esse modelo escolar:
Another brick in the wall”.

Ao destacar as principais características da concepção tradicional percebemos que ela se encontra cada vez mais presente nas práticas pedagógicas atuais. Apesar de hoje em dia se pregar a importância de evidenciar o conhecimento prévio do aluno, pouco se ver o aproveitamento posterior dessa investigação e, principalmente, a sua correlação com os conteúdos curriculares organizados.
Não é preciso ir muito longe para percebermos as metodologias tradicionais de ensino sendo utilizadas pelos professores da atualidade: exposição verbal, foco nos exercícios, na repetição e na memorização.  No caso da relação professor-aluno, ainda prevalece, na maioria das escolas, o predomínio da autoridade do professor, bem como a imposição do silêncio. A avaliação está totalmente ligada à concepção tradicional, dando-se por meio de tarefas para casa e, quase que exclusivamente, pela prova escrita.
Presumo que não conseguiremos nos libertar do estilo da pedagogia tradicional. Na verdade, acredito que não devamos procurar essa libertação. Alguns pontos deverão, sim, serem descartados, como em qualquer modelo de concepção pedagógica, porém, outros deverão permanecer embutidos em nosso leque de práxis e, de acordo com a realidade vigente, modelados e direcionados a atenderem as nossas necessidades, bem como às expectativas e necessidades do aluno.
Referências bibliográficas
LAGAR, Fabiana; SANTANA, Bárbara Beatriz de; DUTRA, Rosimeire. Conhecimentos Pedagógicos para Concursos Públicos. 3. ed. – Brasília: Gran Cursos, 2013.

SAVIANI, Dermeval. Concepção Pedagógica Tradicional. Disponível em: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_concepcao_pedagogica_tradicional.htm.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Experimento de Aprisionamento de Stanford


O 'Experimento de Aprisionamento de Stanford', interrompido após sair do controle


Estudo conduzido pelo professor de Psicologia Social Philip Zimbardo em 1971 deveria se estender por duas semanas, mas não passou de seis dias.


Imagem das gravações do experimento: estudo que deveria se estender por duas semanas durou apenas seis dias
Esse é um dos experimentos sociais mais famosos da história, contado tantas vezes que alguns o consideram um mito. Talvez você já tenha escutado: um professor universitário de Psicologia recruta um grupo de estudantes e lhes pede que imaginem que estão em uma prisão. Designa alguns como guardas e outros como detentos. Em poucos dias, os "carcereiros" se tornam sádicos e abusam de tal forma dos presos que o experimento precisa ser interrompido. Isso aconteceu de verdade, em 1971, e não foi em qualquer lugar, mas em uma das melhores universidades dos Estados Unidos - Stanford, na Califórnia.


A 'inspiração'


As raízes do experimento estão ligadas a um outro controverso experimento realizado uma década antes em outra famosa universidade americana, Yale. Conhecido como "Experiência de Milgram", por ter sido conduzido pelo psicólogo Yale Stanley Milgram, ele tinha como objetivo analisar o nível de obediência das pessoas à autoridade. Sua inspiração, por sua vez, foram os julgamentos de nazistas acusados de crimes de guerra no Tribunal de Nuremberg. A maioria deles havia baseado sua defesa na alegação de que estavam apenas "cumprindo ordens" de seus superiores. Milgram queria verificar até que ponto um ser humano "bom" era capaz de fazer o mal a outro por uma questão de obediência. Seu experimento gerou ainda maior polêmica porque ele mentiu aos participantes, dizendo-lhes que aquele era um estudo sobre memória e aprendizagem. O cientista dividiu 40 voluntários em dois grupos aleatórios: a um disse que seriam professores, e aos outros, que seriam estudantes. Em seguida, levou os "estudantes" para outra sala e pediu aos "professores" que colocassem à prova a memória de seus "alunos". O pesquisador os instruiu a castigar aqueles que errassem com choques elétricos. A máquina que utilizariam emitia descargas que íam de 50 a 450 volts. A potência máxima vinha acompanhada de uma inscrição que dizia "Perigo: choque severo"Cerca de dois terços dos "educadores" utilizaram voltagem máxima do medidor em algum momento e todos chegaram à marca de 300 volts. O aparelho, contudo, não chegava a dar choques, e os gritos que os "professores" escutavam vindo da sala vizinha eram, na verdade, gravações.


A prisão de Stanford

Uma década mais tarde, um professor de Psicologia Social da Universidade de Stanford chamado Philip Zimbardo quis levar o experimento de Milgram um passo adiante e analisar o quão tênue é a linha que separa o bem do mal. Ele se perguntava se uma pessoa "boa" poderia mudar sua forma de ser a depender do seu entorno. Afixou então um comunicado nas paredes da universidade oferecendo US$ 15 por dia a voluntários que estivessem dispostas a passar duas semanas em uma prisão falsa. O estudo foi financiado pelo governo, que queria entender as origens dos conflitos no sistema penitenciário americano. Zimbardo selecionou 24 estudantes, a maioria branca e de classe média, os separou em dois grupos, dando-lhes aleatoriamente o papel de guardas e de prisioneiros, e pediu que voltassem para casa. 
O experimento de fato começou de forma brutal: policiais de verdade, que haviam aceitado participar do projeto, foram à residência dos "prisioneiros" e os detiveram, acusando-lhes de roubo. Eles foram algemados e levados à delegacia, onde foram fichados e transportados, com os olhos vendados, a um suposto presídio local - mas que na verdade era o sótão do Departamento de Psicologia de Stanford, que havia sido transformado, de forma bastante realista, em uma prisão. Os voluntários foram obrigados então a tirar a roupa, foram inspecionados, desinfectados, receberam remédio contra piolhos e tiveram de vestir um uniforme que consistia em uma camiseta larga com um número (e sem qualquer outra peça por baixo), sandálias de borracha e um gorro do náilon feito com meia-calça feminina.

Filme Alemão lançado em 2001
Aqueles que tinham o papel de guardas puseram no tornozelo dos detentos um cadeado pesado. O que aconteceria na sequência seria tão chocante que inspiraria três filmes (um alemão, em 2001, e dois em Hollywood, em 2010 e 2015), além de diversos livros e artigos.


Imagem das gravações do experimento em 1971: um dos participantes disse ter começado a agir com crueldade por estar 'entediado'

Logo no início do experimento, os "guardas" começaram a apresentar condutas abusivas que, em pouco tempo, se tornaram sádicas. Instruídos a não provocar lesões físicas nos presos, os carcereiros fizeram com eles todo tipo de violência psicológica. Identificavam os detentos pelos números, por exemplo, para evitar chamá-los pelo nome, enviavam-nos constantemente à solitária, faziam-nos tirar a roupa, obrigavam-nos a fazer flexões, a dormir no chão, colocavam sacos de papel em suas cabeças e obrigavam-nos a fazer suas necessidades em baldes. "No dia em que chegaram, aquilo era uma pequena prisão instalada em um sótão com celas falsas. No segundo dia, era um presídio de verdade, criado na mente de cada prisioneiro, de cada guarda e das outras pessoas envolvidas", contou Zimbardo à BBC em 2011, quando o experimento completou 40 anos. Vários dos presos começaram a apresentar problemas emocionais. "Uma das práticas mais eficientes (dos guardas para mexer com os prisioneiros) era interromper o sono, uma técnica de tortura conhecida" disse à BBC em 2011 Clay Ramsey, um dos prisioneiros. Ainda assim, apenas alguns poucos estudantes pediram para abandonar o estudo antes de ele ser de fato interrompido. Dave Eshleman, um dos jovens que desempenhava papel de carcereiro, lembra que encarou o experimento como uma espécie exercício de teatro. "No primeiro dia não aconteceu quase nada, foi um pouco entediante. Então decidi interpretar o papel de um carcereiro bastante cruel", contou. O chamado "Experimento de Aprisionamento de Stanford" atingiu níveis tão altos de perversidade que teve de ser suspenso menos de uma semana depois de começar. O estudo durou apenas seis dias, mas o tempo foi suficiente para que Zimbardo concluísse que o entorno tem, sim, influência sobre a conduta humana e que colocar pessoas "boas" em lugares ruins pode fazer com que elas ajam como pessoas ruins ou que se resignem a ser maltratadas. A teoria - encarada, em última instância, como a constatação de que todos somos sádicos ou masoquistas em potencial - foi bastante contestada com o passar dos anos, o principal questionamento foi ao papel do próprio Zimbardo, que durante o experimento atuou como "diretor" do presídio e teria aconselhado os guardas sobre como se comportarem e estimulado as condutas abusivas. Apesar da controvérsia, contudo, Zimbardo, que ganhou notoriedade e hoje é considerado um grande nome em sua área de atuação, segue defendendo seu experimento como uma contribuição muito valiosa à Psicologia, que teria servido para que entendêssemos fenômenos como os abusos cometidos na prisão iraquiana de Abu Ghraib. "O experimento nos mostra que a natureza humana não está totalmente sujeita ao livre arbítrio, como gostamos de pensar, mas que a maioria de nós pode ser seduzida a se comportar de maneira totalmente atípica em relação ao que acreditamos que somos", disse à BBC.       
Fonte: BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. 

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Diretrizes da formação de psicopedagogos no Brasil


Diretrizes da formação de psicopedagogos no Brasil

A Psicopedagogia é a área de conhecimento, atuação e pesquisa que lida com o processo de aprendizagem humana, visando o apoio aos indivíduos e aos grupos envolvidos neste processo, na perspectiva da diversidade e da inclusão.A Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), como órgão representativo dos psicopedagogos, entende que o curso de Psicopedagogia deve formar profissionais para garantir a aprendizagem como direito de todos.

Vigiar e Punir por Michel Foucault



Vigiar e Punir

GENEALOGIA DA SOCIEDADE DISCIPLINAR

Vigiar e Punir foi publicado por Michel Foucault em 1975. É uma das obras mais famosas do filósofo francês e trata profundamente da questão da disciplina e do poder no mundo moderno. Também se debruça com cuidado sobre a importante mudança de estratégia que abandonou a punição em troca da vigilância constante e reguladora. A pergunta que atravessa todo o Vigiar e Punir é: por que a prisão?  Por que a sociedade capitalista fez as instituições penais desempenharem o papel de encarcerar? Quais são suas causas e seus efeitos? Esta série trata minuciosamente de cada capítulo do livro. Foucault analisa as técnicas de disciplina e vigilância que se espalharam de maneira gradual e imperceptível pela sociedade ao longo do séc. XVIII e XIX.

Sobre os Camaleões



Sobre os Camaleões



1 – Espécies
Quase metade das espécies de camaleão do mundo vive na ilha de Madagascar, na África, com 59 delas existentes apenas por lá. No sul do Saara, além de Portugal, Espanha, Sri Lanka e Índia, também existem algumas espécies, assim como no Havaí e algumas partes da Flórida e Califórnia.

2 – Mudança de cor

Embora não seja unanimidade, a maioria das espécies de camaleão é capaz de mudar a cor da sua pele. Geralmente, eles alteram de marrom para verde, mas alguns podem modificar o seu “look” para muitas outras cores, criando um visual incrível de forma rápida — tanto que uma mudança pode ocorrer em cerca de 20 segundos.
Eles conseguem produzir esse fenômeno porque nascem com células especiais que têm pigmentos. Essas células se encontram em camadas sob a pele externa do camaleão e são chamadas de cromatóforos, que são ativadas por uma mensagem do cérebro.
Uma vez ativados, esses pigmentos se “misturam” como uma pintura. Além dos cromatófaros, a melanina também ajuda os camaleões nesse processo, produzindo o escurecimento através de fibras que se espalham como teias de aranha pelas camadas de células de pigmento.powered by Rubicon Project
E, se você ainda acha que os camaleões mudam de cor para se camuflar, saiba que alguns estudos mostraram que eles mudam de coloração de acordo com a luz, a temperatura ou mesmo o seu humor, podendo também ser uma forma de comunicação com seus semelhantes.

3 – Olhar 360°

Você sabia que os olhos dos camaleões têm um arco de 360 ??graus de visão e podem enxergar em duas direções ao mesmo tempo? Dessa forma, os camaleões têm os olhos mais distintivos de qualquer réptil. Suas pálpebras superiores e inferiores são unidas, formando um dispositivo circular com apenas uma abertura suficiente para a pupila fazer o seu serviço.
Os olhos podem rodar separadamente e focar para observar dois objetos diferentes simultaneamente, o que permite que os olhos se movam independentemente um do outro, sendo uma excelente vantagem para ficar atento aos predadores. Esse sim pode, literalmente, ficar com um olho no peixe e outro no gato.

4 – Tamanhos

Os camaleões variam muito em tamanho e estrutura do corpo, sendo que a sua dimensão pode variar de 15 a 30 milímetros — na menor espécie encontrada, a Brookesia micra — até cerca de 70 centímetros (como é o caso do camaleão de Malagasy).

5 – Língua rápida no gatilho

Segundo uma pesquisa, a língua (chamada “balística”) do camaleão tem, aproximadamente, 1,5 a 2 vezes o tamanho de seu corpo, sendo capaz de se mover 26 vezes por segundo o comprimento do animal. Eles descreveram dessa forma porque a potência muscular dos animais varia de acordo com o seu tamanho e tipo, isto é, a velocidade relativa.
Com toda essa rapidez, o camaleão consegue alcançar e capturar rapidamente a sua presa. Isso também acontece devido ao formato da língua, que possui um tipo de bulbo muscular na ponta e que age como uma pequena ventosa capaz de sugar, fazendo com que a caça fique mais fácil.

6 – Machos vaidosos

Geralmente, os machos dos camaleões são muito mais ornamentados do que as fêmeas. Ou seja, eles têm mais saliências faciais e projeções, como cristas, em suas cabeças.

7 – Pouca audição

Apesar da sua visão apuradíssima, os camaleões não são capazes de ouvir muito bem. Assim como as serpentes, esses répteis não têm um ouvido exterior, abertura ou tímpano. No entanto, os camaleões não são totalmente surdos. Eles podem detectar frequências de som na faixa de 200-600 Hz .

8 – Visão ultravioleta

Os camaleões são capazes de enxergar na luz visível e na ultravioleta. Quando expostos à luz ultravioleta, eles mostram um aumento de comportamento social e níveis de atividade, além de ficarem mais suscetíveis a se aquecer, reproduzir e a se alimentar. Isso acontece porque essa luz tem um efeito positivo sobre a glândula pineal.






Fatos do camaleão


Reino :Animalia
Filo :Chordata
Classe :Reptilia
Ordem :Squamata
Família :Chamaeleonidae
Nome Científico :Chamaeleonidae
Tipo :Réptil
Dieta :Onívoro
Tamanho (L) :2,8 cm - 68,5 cm (1,1 pol - 27 pol)
Peso :0,01 kg - 2 kg (0,02 lbs - 4,4 lbs)
Velocidade máxima :35km / h (21mph)
Tempo de vida :4 - 8 anos
Estilo de Vida :Solitário
Status de Conservação :Ameaçado
Cor :Verde, marrom, preto, amarelo, vermelho, bronzeado
Tipo de pele :Escalas
Comida favorita :Insetos
Habitat :Florestas Tropicais e Deserto
Tamanho médio da embreagem :20
Prey principal :Insetos, caracóis, folhas
Predadores :Cobras, Aves, Mamíferos
Características distintivas :Visão excepcional e capacidade de mudar a cor da pele

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Postagem Agora

Blog sem igual

Pessoal para postar qualquer coisa fotos ou textos enviem para o email -seg.robertomenezes.postagem@blogger.com - que será publicado automaticamente no blog da turma. Cuidado com as Postagens.

Roberto Menezes
Tecnólogo em Segurança 
Universitário em Psicologia
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
95218-5863

PPB - módulo 7 - Emoção

Processos Psicológicos Básicos






MÓDULO 7 – EMOÇÃO

 
A emoção humana apresenta-se como o processo psicológico básico tratado neste modelo de estudos. Configura-se, também, como um dos processos psicológicos básicos de necessário conhecimento do profissional psicólogo.
 
Nos parágrafos que se seguem, nosso autor básico, Myers (2006), apresenta a importância das emoções para a espécie humana.
 
“Ninguém precisa lhe dizer que os sentimentos dão cor à vida, ou que em momentos de estresse eles podem perturbá-la, ou mesmo salvá-la. (...) Mais do que qualquer outra criatura, nós expressamos medo, raiva, tristeza, alegria e amor.
 
Todos podemos lembrar momentos nos quais fomos dominados pelas emoções. Eu guardo a lembrança de um dia em que fui a uma gigantesca loja de departamentos para revelar um filme com Peter, meu primeiro filho, quando ele tinha 2 anos. Eu  estava com ele ao meu lado enquanto entregava  o filme e preenchia o papel da revelação, quando um passante falou: “É melhor ter cuidado com esse menino ou irá perdê-lo.” Alguns segundos depois, após deixar o filme, eu me virei e Peter não estava mais ao meu lado.
 
Com uma leve ansiedade, olhei ao redor, até uma extremidade do corredor onde estava. Não vi Peter. Um pouco mais ansioso, procurei do outro lado. Ele não estava lá também. Nessa hora, já com o coração acelerado, circulei pelos corredores vizinhos. Ainda não via Peter. À medida que a ansiedade se transformava em pânico, comecei a correr pelos corredores da loja. Ele não estava em lugar algum que eu conseguisse ver. Apreensivo com o meu estado, o gerente usou o sistema de som da loja para comunicar o desaparecimento da criança. Pouco depois, passei pelo mesmo cliente que, então, me disse cheio de desprezo: “Eu lhe disse que você ia perdê-lo!” Já cogitando um seqüestro (estranhos costumam adorar aquela bela criança), percebi a possibilidade de minha negligência ter-me feito perder aquilo que amava acima de todas as coisas, e – pesadelo dos pesadelos – que eu teria de voltar para casa e olhar no rosto da minha mulher sem o nosso filho.
 
Mas, então, quando passei novamente pelo serviço de informação ao cliente, lá estava ele: havia sido encontrado por alguém! Em um instante, eu saí do pesadelo diretamente para o êxtase. Abracei fortemente meu filho, com lágrimas nos olhos, e sentia-me incapaz de falar obrigado; saí da loja, cheio de alegria.” (MYERS, 2006, p. 361).
 
Como se conceitua a emoção e quais são as metodologias de estudo empregadas para este processo psicológico básico, aparecem como temas primordiais deste módulo de estudo. Além disso, você também conhecerá as teorias da emoção (de James-Lange, de Cannon-Bard e a teoria dos dois fatores de Schachter) e refletirá sobre a universalidade das emoções, a comunicação não verbal e a relação entre cultura e expressão emocional. Os elementos da experiência emocional, em seus componentes cognitivos, fisiológicos e comportamentais também estarão em pauta neste módulo de estudos.
As sugestões de referências bibliográficas vinculadas a este módulo são:
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 8.
GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap. 12.
MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012, cap. 12. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002, cap. 10.
 
Após a leitura dos textos básicos indicados anteriormente, procure responder ao exercício exemplo.
 
EXERCÍCIO EXEMPLO:
 
As emoções são reveladas não apenas na excitação física mas, também, no comportamento expressivo. Analise as afirmações abaixo.
I. No nível comportamental, as pessoas revelam suas emoções através de manifestações características, tais como: sorriso, cara fechada, testa franzida, punhos cerrados, ombros caídos, ou seja, as emoções são expressas através da linguagem corporal (comportamento não verbal).
II. As expressões faciais (como as de felicidade e medo, por exemplo) variam notavelmente entre diferentes culturas, pois a Cultura e se constitui como o aspecto único de influência sobre o componente expressivo das emoções.
III. As expressões não apenas comunicam emoção, mas também ampliam a emoção sentida e sinalizam ao corpo para reagir de acordo.
IV. Tanto os homens quanto as mulheres são capazes de se emocionar, porém, é possível que cada gênero reaja a uma mesma situação com intensidades diferentes.
 
Assinale:
a) Se somente as afirmações I e III forem verdadeiras.
b) Se somente as afirmações III e IV forem verdadeiras.
c) Se somente as afirmações I, II e III forem verdadeiras.
d) Se somente as afirmações I, III e IV forem verdadeiras.
e) Se somente as afirmações II, III e IV forem verdadeiras.
 
RESOLUÇÃO:
 
Para responder corretamente à questão anterior, você deverá assinalar a alternativa “d”, uma vez que apenas as afirmações I, III e IV estão corretas. A afirmação de n° II diz que a expressão emocional sofre influência exclusiva da Cultura em que a pessoa está inserida. Realmente a linguagem corporal pode sofrer influência da cultura na qual a pessoa está inserida, assim como algumas expressões faciais. No entanto, as expressões faciais de medo e felicidade são compartilhadas por diferentes culturas, sendo comprovado, por meio de pesquisas diversas, não variar imensamente entre diferentes culturas. Esse fato indica que as expressões emocionais podem ser influenciadas também por aspectos biológicos, além dos culturais.
 
Outros exercícios como este se encontram disponíveis para sua resolução, como parte componente deste módulo de estudos. Entre em contato com os mesmos e aproveite para ampliar e/ou verificar seus conhecimentos.

PPB - Módulo 6 - Motivação

Processos Psicológicos Básicos
MÓDULO 6 – MOTIVAÇÃO
 
A motivação humana será o processo psicológico básico alvo deste módulo de estudos.
 
David Myers (2006, p. 330) comenta que:
 
"Para os psicólogos, a motivação é uma necessidade ou desejo que energiza o comportamento e o direciona para um objetivo. Assim com a inteligência, a motivação é um conceito hipotético: nós inferimos motivação dos comportamentos que observamos. Considere a motivação nas seguintes situações:
- David Mandel (1983), ex-prisioneiro em campo de concentração nazista, lembra-se de como, famintos, 'pai e filho brigavam por um pedaço de pão, como cachorros'. Um pai, cujo filho de 20 anos roubara o pedaço de pão que estava embaixo de seu travesseiro enquanto ele dormia, entrou em profunda depressão, perguntando-se como o filho pudera fazer tal coisa. No dia seguinte, o pai morreu. 'A fome faz com você algo que é difícil descrever', explicou Mandel.
- Nos poemas de amor dos Cânticos de Salomão, do Velho Testamento, uma mulher e um homem expressam sua intensa paixão sexual um pelo outro. 'Estou trêmula de amor', declara ela. 'Sua mão esquerda me sustenta a cabeça por trás, enquanto a mão direita me envolve!' Ele, por sua vez, murmura que ela é 'deliciosa'. 'Você é imponente como uma palmeira, e os seus seis são como os cachos. Digo eu: subirei à palmeira para me apoderar de seus ramos.'
- Aos 2 anos e meio, Jessica DeBoer entrou em pânico quando foi retirada de sua família adotiva – a única família que ela conhecia. O tribunal que julgava essa dolorosa batalha de custódia determinou que Jessica ficasse com os pais biológicos, a centenas de milhas de distância. Como animais sociais, todos temos um pouco de Jessica dentro de nós – uma sensação de a quem pertencemos, e de quem somos 'nós'.
- No Texas, o guarda de uma escola descobriu Alfredo Gonzales, de 14 anos, no momento em que trabalhava, colhendo frutas; mandou-o, então, para a escola pela primeira vez em sua vida. Embora matriculado em classe de nível de capacidade mais baixo e criticado por fazer perguntas em espanhol – ele não sabia inglês –, Alfredo decidiu: 'Eu posso fazer melhor'. Hoje ele é o administrador de uma universidade de alto nível de instrução, e trabalha no sentido de motivar jovens a despertarem, assim como ele o fez, para 'os próprios potenciais, e a adquirirem o desejo de alcança-los'".
 
Neste módulo, serão abordados os principais conceitos motivacionais, além de se estudar, também, os quatro grandes motivos humanos: fome, sexo, pertencimento e realização. Estes quatro grandes motivos aparecem ilustrados nos exemplos citados anteriormente por Myers (2006) e constituem temáticas importantes para o conhecimento do profissional psicólogo.
 
As sugestões de referências bibliográficas vinculadas a este módulo são:
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia. 10ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015, cap. 8.
GLEITMAN, H.; REISBERG, H. & GROSS, J. Psicologia. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, cap. 13.
MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2012,cap. 11.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
WEITEN, W. Introdução à Psicologia: temas e variações. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002, cap. 10.
Após a leitura dos textos básicos indicados anteriormente, procure responder ao exercício exemplo.
 
EXERCÍCIO EXEMPLO:
 
Há inúmeras abordagens e conceitos teóricos que os psicólogos utilizam para tentar explicar a motivação humana. Estas abordagens e/ou conceitos diferem basicamente em sua ênfase dada à motivação inata (de base biológica) ou à motivação aprendida (de base social). Analise atentamente as sentenças numeradas abaixo e assinale a alternativa que apresente a natureza das sentenças ("V" para verdadeira e "F" para falsa) na respectiva ordem.
 
1) Sob influência de Darwin, os primeiros teóricos defendiam que o comportamento era controlado (ou motivado) por forças biológicas, por instintos específicos.  Atualmente esta teoria continua sendo bastante aceita pelos teóricos e muito utilizada pela Psicologia Evolucionista.
2) Uma visão alternativa da motivação foi proposta por William James, o qual afirma que o comportamento humano é motivado por instintos específicos. A lista de instintos elaborada por William James é aceita até os dias de hoje.
3)  A teoria de busca de sensações pressupõe que pessoas que buscam grandes sensações podem ser biologicamente “programadas” para buscar níveis mais elevados de estimulação, aumentando, inclusive, o envolvimento destas pessoas em situações de risco potencial.
4)  A motivação extrínseca depende das condições internas do indivíduo e dos reforços relacionados à própria realização da atividade.
5)  A motivação intrínseca parte das condições externas e se refere às consequências das atividades realizadas pelo indivíduo.
a) VFVFV 
b) FFVVV 
c) VFVFF 
d) FVVFF 
e) VVFFF
RESOLUÇÃO:
 
Para responder corretamente à questão anterior, você deverá assinalar a alternativa C (que apresente a ordem "VFVFF" às afirmações apresentadas). As sentenças “1” e “3” estão corretas e as afirmações “2”, “4” e “5” têm colocações erradas. A sentença “2” é considerada errada, pois a lista de instintos elaborada por William James não é aceita nos dias atuais. A motivação extrínseca parte de condições externas e se referem às consequências das atividades realizadas pelo indivíduo, enquanto que a motivação intrínseca é que depende das condições internas do indivíduo e de reforços relacionados à própria realização da atividade. Estas colocações estão invertidas nas sentenças “4” e “5”.
  
Outros exercícios como este se encontram disponíveis para sua resolução, como parte componente deste módulo de estudos. Entre em contato com os mesmos e aproveite para ampliar e/ou verificar seus conhecimentos.

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