Psicologia do Camaleão

“ Devido ao transtorno da pandemia do covid-19, este blog está temporariamente sem atualização. Mas com certeza em breve retomarei. Obrigado a todos.

sábado, 24 de novembro de 2018

Fenomenologia - existencial


Essa abordagem que surgiu em meados do século XIX, seus percussores foram: Edmund Husserl, Martin Heidegger, e Jean-Paul Sartre. A fenomenologia baseia-se na filosofia tradicional. Tem como preocupação central a descrição da realidade, é uma filosofia da vivência. O interesse para a Fenomenologia é o modo como o conhecimento do mundo se dá e se realiza para cada pessoa. Já segundo o existencialismo o homem tem primeiro uma existência metafísica. Quando esses dois pensamentos se juntam temos então uma abordagem onde o homem é responsável por aquilo que é. Não importa o que as circunstâncias fazem do homem, “mas o que ele faz do que fizeram dele.”. O existencialismo fenomenológico considera cada ser único e dono do seu destino. Essa abordagem tem como base principal o sentido do ser. Com base nesse pensamento a consciência nos chama a assumir nossa culpa, ou seja, assumir a responsabilidade por todas as nossas ações, e os resultados que esta gera em nossas vidas. O homem é um “ser” no mundo, o homem é lançado e submetido a uma situação que não escolheu, para descobrir o sentido de sua própria existência e orientar suas ações nas direções mais diversas. Não somos aquilo que queremos ser, somos frutos do que estamos vivendo, cuja responsabilidade é apenas nossa. Quando fazemos uma escolha do que queremos ser não estamos escolhendo apenas o que queremos ser, mas, como todos os outros devem ser a partir do momento que nos deparamos com tal situação surge ao se descobrir que somos donos de nossos destinos, angústia. A angústia que segundo Sartre todos tem, seja por ignora-la fingindo não ter nenhuma responsabilidade sobre si e sobre o outro, ou quando se admite tal responsabilidade. Ela é a disposição fundamental que nos leva a sermos nós mesmos. A maldade humana e a fraternidade são opostas que nos ligam à responsabilidade de nossas escolhas: angústia como a consciência do que somos. (NadimeL'Apiccirella-2004). Sendo assim a angústia para de ser vista como fator patológico e passa a ser vista como fator de realização e crescimento humano. No ponto de vista de Sartre. Os existencialistas fenomenológicos trabalham muito ainda a questão da consciência, a consciência do fenômeno, e tudo aquilo que se mostra e existe só existe porque tomamos consciência eu esses fenômenos aconteceram. Os fenômenos devem ser estudados pelo que são. Para os existencialistas fenomenológicos existe apenas a consciência, diferente dos psicanalistas que trabalho com o inconsciente e o pré-consciente. Consideramos que essa abordagem em psicologia é muito rica e envolve autoanálise, e autoconhecimento. Envolve ainda a compreensão de que os processos não são lineares, e tem como princípio da crença no homem na sua forma de estar no mundo, na sua forma de escolher sua existência esse homem encara o vazio, a culpa, a angústia, a morte, sempre buscando achar-se e transcender-se.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Conceito de educação bancária





Paulo Freire – Um pouco sobre o conceito de educação bancária




Para descrever o processo educativo tradicional, elaborou o conceito de “educação bancária”, onde o conhecimento é apenas transmitido para o educando e este deve absorver as informações sem questionar, o que o reduz à mero espectador, tornando-o um objeto do processo de ensino, porque não é capaz de exercer atividades básicas para qualquer sujeito: a participação e o diálogo. Neste contexto o educador mantém uma postura rígida, com idéias fixas e invariáveis, que julga o valor da sua existência a partir da sua idéia de que os educandos são ignorantes, e que precisam dele para se transformar, caso contrário, nunca serão capazes de serem inteligentes. Esta visão retira do educando a possibilidade de viver sua autonomia e permitir esta experiência é uma atitude de respeito e amor com os educandos, a partir de uma postura ética do educador-educando, que estimula, e aceita a vocação ontológica do ser humano de ser mais.
Para colocá-la em prática é necessária uma profunda reflexão sobre a prática educativo-crítica, e, nas condições reais de autonomia, o educador se coloca ao lado do educando, sua postura é de estar junto com ele na tarefa de descobrir o mundo. Esta tarefa, realizada de forma coerente, implica em incentivar ao educando o pensamento curioso, em discordar do educador e construir uma postura que não se conforma com a primeira impressão, e precisa ir mais fundo.

Leia o Livro: FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Editora Paz e Terra, 1970.
Pedagogia do Oprimido, publicado em 1970 pela editora Paz e Terra, é um ensaio de 218 páginas que propõe uma educação libertadora e humanizadora em vez da concepção “bancária”, que só deposita conteúdo nos educandos. Preconiza também a problematização dos homens em suas relações com o mundo. “Desta forma, aprofundando a tomada de consciência da situação, os homens se ‘apropriam’ dela como realidade histórica, por isto mesmo, capaz de ser transformada por eles” (pág. 85).

Tal educação se baseia na dialogicidade, na fé nos homens – que possuem a vocação de ser mais (criativos, transformadores) – e em relações horizontais. O método busca o universo temático a ser tratado em diálogo com as aspirações do povo.

domingo, 14 de outubro de 2018

Uma Grande Lição Das Nossas Crianças Sobre o Racismos em Redes Sociais

Campanha contra o racismo idealizada junto ao "Criança Esperança 2016" exibida no programa Fantástico de Rede Globo de Televisão no dia 03 de julho de 2016.

Teste de violência à mulher com crianças


Doll Test - Os efeitos do racismo em crianças


Doll Test - Os efeitos do racismo em crianças


O "Teste da boneca" é um experimento psicológico realizado nos anos 40 nos EUA para testar o grau de marginalização sentido por crianças afro-americanas e causado por preconceito, discriminação e segregação racial. Hoje recriamos o teste com crianças italianas dado o aumento considerável, nos últimos anos, do fenómeno das migrações na Europa. Na costa do Mediterrâneo, na verdade, milhares de migrantes tem desembarcado em busca de um futuro diferente, alguns para melhorar suas condições econômicas, outros são refugiados políticos, fugindo de zonas de guerra, discriminação e às vezes perseguição étnica, religiosa o política. 2015 foi vivido na Europa como o ano da “invasão” que ameaça acabar com equilíbrios sociais, econômicos e culturais. A cada vez mais estreita vigilância das fronteiras pode determinar, no entanto, também um risco, o de aniquilar definitivamente qualquer possibilidade de diálogo ou de integração. Em todos os países europeus vivem hoje muitos migrantes da segunda, terceira e quarta geração, que são verdadeiros cidadãos dessas nações, como estas crianças Italianas. No entanto, para muitos, eles são “diferentes”, “estrangeiros”, uma definição perigosa que, pode ser indevidamente aproximada ao fenômeno terrorista. Sem uma séria mudança na perspectiva, tanto política quanto social, nos arriscamos a distorcer perigosamente a percepção que temos do outro, e o outro tem de si mesmo.

Veja se o que você está procurando tem aqui. Pesquise.

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