Psicologia do Camaleão

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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Conceito de educação bancária





Paulo Freire – Um pouco sobre o conceito de educação bancária




Para descrever o processo educativo tradicional, elaborou o conceito de “educação bancária”, onde o conhecimento é apenas transmitido para o educando e este deve absorver as informações sem questionar, o que o reduz à mero espectador, tornando-o um objeto do processo de ensino, porque não é capaz de exercer atividades básicas para qualquer sujeito: a participação e o diálogo. Neste contexto o educador mantém uma postura rígida, com idéias fixas e invariáveis, que julga o valor da sua existência a partir da sua idéia de que os educandos são ignorantes, e que precisam dele para se transformar, caso contrário, nunca serão capazes de serem inteligentes. Esta visão retira do educando a possibilidade de viver sua autonomia e permitir esta experiência é uma atitude de respeito e amor com os educandos, a partir de uma postura ética do educador-educando, que estimula, e aceita a vocação ontológica do ser humano de ser mais.
Para colocá-la em prática é necessária uma profunda reflexão sobre a prática educativo-crítica, e, nas condições reais de autonomia, o educador se coloca ao lado do educando, sua postura é de estar junto com ele na tarefa de descobrir o mundo. Esta tarefa, realizada de forma coerente, implica em incentivar ao educando o pensamento curioso, em discordar do educador e construir uma postura que não se conforma com a primeira impressão, e precisa ir mais fundo.

Leia o Livro: FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Editora Paz e Terra, 1970.
Pedagogia do Oprimido, publicado em 1970 pela editora Paz e Terra, é um ensaio de 218 páginas que propõe uma educação libertadora e humanizadora em vez da concepção “bancária”, que só deposita conteúdo nos educandos. Preconiza também a problematização dos homens em suas relações com o mundo. “Desta forma, aprofundando a tomada de consciência da situação, os homens se ‘apropriam’ dela como realidade histórica, por isto mesmo, capaz de ser transformada por eles” (pág. 85).

Tal educação se baseia na dialogicidade, na fé nos homens – que possuem a vocação de ser mais (criativos, transformadores) – e em relações horizontais. O método busca o universo temático a ser tratado em diálogo com as aspirações do povo.

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