É importante considerar que a ideia de grupo dá conta de uma variedade importante de conjuntos. Se ela se presta à caracterização da identidade profissional (o grupo de psicólogos, por exemplo) também estará presente quando falamos de pequenos grupos, quando os indivíduos estão face à face, envolvidos em uma prática social determinada, como numa empresa (os funcionários da empresa X), na escola (os alunos ou os professores), ou em uma ação de saúde (os profissionais de saúde).
Uma forma de tentar classificar os grupos, assim, é tomá-los a partir de alguns elementos básicos. Um grupo pode ser considerado a partir dos seus objetivos compartilhados, da quantidade de pessoas que o compõe, da maneira como está organizado, do contato entre seus participantes e do vínculo estabelecido entre eles. Mais ainda, e aqui o quinto elemento, estará no seu reconhecimento social
Uma forma de tentar classificar os grupos, assim, é tomá-los a partir de alguns elementos básicos. Um grupo pode ser considerado a partir dos seus objetivos compartilhados, da quantidade de pessoas que o compõe, da maneira como está organizado, do contato entre seus participantes e do vínculo estabelecido entre eles. Mais ainda, e aqui o quinto elemento, estará no seu reconhecimento social
LANE, S.T.M. O Processo Grupal. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (Orgs.) Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1997, p.78-98.
Processos grupais
A identidade historicamente construída tem como um de seus elementos mais importantes a ligação a grupos sociais. Vale aqui indicar o entendimento de Silvia Lane (2006) sobre os grupos, para os quais ela reivindica a mesma preocupação sobre a importância da história na sua instituição. As concepções tradicionais sobre os grupos usualmente os caracterizam como um conjunto de pessoas que compartilham um objetivo comum grupo. Mas numa perspectiva social crítica seria melhor definir o Processo Grupal, em função da sua inevitável sujeição à passagem do tempo e à inserção social.
Lane insiste em tratar o grupo como processo ao caracterizá-lo como uma unidade que não se faz como permanente, que se constitui fundamentalmente de pessoas e relações, e que está inserida num determinado contexto histórico e social. Ora, tudo isto que irá compor a concepção e a materialidade dos grupos é sujeito da passagem do tempo, isto é, muda, transforma-se, por conta desta passagem. É por isto que se poderá, assim, falar em processo, porque o grupo só existe, sendo, ele não é coisa que possa ser abstraída de sua condição histórica.