Pergunta 1
A antropologia demonstra que a cultura influencia profundamente na
forma como vemos o mundo e como julgamos costumes diferentes dos nossos ou
costumes que fogem ao padrão imposto pelas normas sociais. Por isso existe a
tendência a:
Resposta
Resposta Selecionada: C. Julgarmos depreciativamente aquilo
que foge à lógica cultural que herdamos, o que dificulta a convivência com os
costumes alheios.
Pergunta 2
A partir das relações entre natureza, cultura e comportamento
humano, assinalar a alternativa que apresente uma afirmação sobre a humanidade
com base em preconceitos.
Resposta
Resposta Selecionada: C. O conceito de raça, embasado
biologicamente, envolve hierarquia e serve aos desejos de poder e dominação.
Pergunta 3
A partir do trecho a seguir, que trata de simbolização e de
símbolos fora do contexto original, assinale a alternativa correta.
Como os símbolos cotidianos dependem de consenso em torno de sua
interpretação, é muito comum que, quando usados em um contexto diferente do
original, sejam interpretados de forma completamente diferente à convencionada
pela cultura que lhes deu origem.
Isso porque, ao saírem da cultura que os originou, podem parar em
lugares onde não exista a convenção sobre como eles devem ser interpretados. Em
um caso desses, as pessoas tendem a dar um sentido mais apropriado ao seu
próprio contexto. O que os indivíduos fazem nessa situação é idêntico ao
trabalho feito por um tradutor, ou seja, as pessoas tentam adequar os símbolos
de outras culturas a sua própria linguagem e vida social.
Assim, quando se adotam símbolos de outras culturas, de outras
convenções sociais, a tendência é que as pessoas adaptem os significados
possíveis desse símbolo a sua própria realidade.
Resposta
Resposta Selecionada: E. O “consenso em torno de sua
interpretação” trata, essencialmente, do processo de comunicação.
Pergunta 4
A respeito da relação entre Estado, nação e cultura é correto
afirmar que:
Resposta
Resposta Selecionada: C. O Estado é uma categoria política
por excelência, embora seja resultado de processos territoriais, econômicos e
culturais historicamente definidos.
Pergunta 5
Considere a afirmação a seguir e assinale a alternativa que
apresente uma versão antropológica correta para os efeitos da globalização.
"[...] De uma cultura para outra, significados variam imensamente, o que
torna necessária a compreensão do contexto cultural em que os símbolos são
criados e utilizados para que nossa comunicação seja eficaz e consiga atingir
seus objetivos."
Resposta
Resposta Selecionada: E. Por mais que a modernização
capitalista busque a padronização cultural pelo e para o mercado, fatos como a
diversidade étnica, a variedade de línguas e profundas desigualdades sociais
mostram os limites históricos do processo de globalização.
Pergunta 6
Leia e analise o trecho a seguir e, considerando seu conteúdo,
assinale a alternativa correta.
[...] A cultura é um fenômeno produzido pelo ser humano, mas que
depende da condução da coletividade, ou seja, ela é construída socialmente, não
herdada biologicamente. Isso faz com que em cada lugar e em cada época
histórica exista uma imensa diversidade de regras, símbolos e formas de
conduzir a vida coletiva. É o que chamamos de diversidade cultural.
Resposta
Resposta Selecionada: E. Não há vida fora de uma
coletividade, o ser humano não produz individualmente suas condições de
existência, pois é um ser essencialmente social.
Pergunta 7
Leia o seguinte trecho do artigo de Armand Mattelart e assinale a
alternativa cuja afirmação siga uma linha de raciocínio de conotação
antropológica.
“A trigésima terceira Conferência Geral da Unesco, em Paris,
adotou, no dia 20 de outubro de 2005, uma convenção sobre a proteção e a
promoção da diversidade cultural com a quase unanimidade dos 154 países
presentes. Dois foram contrários: Estados Unidos e Israel. Quatro abstenções:
Austrália, Honduras, Libéria e Nicarágua. Em três dias, aproximadamente, o
texto foi aprovado em comissão pelos representantes dos 151 Estados entre os
191 membros da Unesco. O objetivo dessa convenção foi o de dar força de lei à
Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, adotada, por unanimidade,
após os eventos do 11 de Setembro de 2001. Qualificando a diversidade como
'patrimônio comum da humanidade', essa declaração se opunha aos 'doentios
fundamentalistas' com a 'perspectiva de um mundo mais aberto, mais criativo e
mais democrático'.
Dois fóruns institucionais contribuíram para forjar os elementos
de uma doutrina sobre a cultura e as políticas culturais. O primeiro é,
evidentemente, a própria Unesco. Fundamentalmente a partir do fim dos anos
1960, com a entrada na era pós-colonial, dá-se a era da independência. É nessa
época que a relação de força entre os países do Norte e os do Sul afeta,
numérica e ideologicamente, o conjunto do sistema das Nações Unidas. Mesmo se o
peso da divisão geopolítica Leste/Oeste continua a influenciar as
representações dominantes de ordenamento do mundo, a ponto de provocar um
curto-circuito na relação Norte/Sul, e as demandas do dito Terceiro
Mundo.
É o momento no qual se faz patente a crise de uma filosofia do
desenvolvimento, para a qual a modernização equivalia à ocidentalização, uma
versão requintada dos programas etnocêntricos de assimilação cultural. É a
falência da crença em um progresso linear e infinito, dos paliativos sucessivos
oferecidos aos povos: a única saída para o dito subdesenvolvimento é percorrer,
uma a uma, as etapas pelas quais atravessaram os grandes países ditos
desenvolvidos. De acordo com essa crença, a inovação social deve se dirigir do
centro para as periferias. Não há lugar, pois, para as culturas locais, das
quais se contesta sua capacidade de invenção. Estigmatizadas como tradicionais,
elas são consideradas pela engenharia social como um obstáculo no curso da
modernidade, segundo o padrão euro-estadunidense. Ao longo dos anos 1970
aparece em cena, aos poucos, um bloco de nações chamadas a participar de
debates, proposições, medidas e estratégias: direito a comunicar, diversidade
cultural, políticas culturais, políticas de comunicação e industriais,
interdependência e diálogo das culturas”. In: MATTELART, Armand. Mundialização,
cultura e diversidade. Revista FAMECOS, nº 31, p. 12-19, dez. 2006,
quadrimestral, Porto Alegre.
Resposta
Resposta Selecionada: E. O “evolucionismo social ou
darwinismo social” pode ser observado na ideia de desenvolvimento equivalendo à
ocidentalização, indicando que referência de desenvolvimento é a sociedade ou
as sociedades classificadoras, no caso, difusoras do “padrão
euro-estadunidense”.
Pergunta 8
Leia o trecho a seguir e assinale a alternativa correta no que diz
respeito à manutenção das sociedades.
As normas e os valores precisam ser mantidos, e para isso há uma
espécie de 'vigilância'. Existem vários níveis de 'vigilância' que a sociedade
cria para zelar pelo cumprimento dos valores e das normas. Um é o
institucional. Existem instituições para punir quem não se comporta
'adequadamente', como escolas, prefeituras, a polícia, as leis e a jurisdição,
além do Estado. (...).
Também existe outro nível de 'vigilância', que é o do convívio
social. Em todos nossos contatos podemos observar como as pessoas julgam, o
tempo todo, a conduta umas das outras. Frases como: 'mas também, mereceu!',
'fulano é muito fofoqueiro', 'eu não faria isso', 'você pode me explicar por
que fez isso?' entre tantas outras, são uma forma que os indivíduos encontraram
para demonstrar que é preciso que todos participem de alguma forma do conjunto
de valores, e que as normas devem valer para todos. Os que não seguem as normas
e os valores são repreendidos e recebem um tipo de punição moral, psicológica.
Resposta
Resposta Selecionada: E. Há muitos mecanismos de controle e
todos nascem do julgamento com base em valores.
Pergunta 9
O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa,
os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são produtos
de uma:
Resposta
Resposta Selecionada: C. Herança cultural, até mesmo
pré-científica.
Pergunta 10
“A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a
partir do sistema a que pertence”. A frase, extraída de Cultura: um conceito
antropológico, de Roque de Barros Laraia, é uma das principais regras da
antropologia e tem a seguinte consequência teórica e prática:
Resposta
Resposta Selecionada: B. Ao segui-la como princípio não se pode
tomar as sociedades como primitivas ou evoluídas, pois todas seriam completas a
sua maneira. Considerá-las “primitivas ou evoluídas” seria adotar um ponto de
vista linear, evolucionista.